Igi Ayedun, guardem bem este nome. Com 20 anos ela faz o tipo garota prodígio e multifuncional. Seu temperamento forte e open mind em nada são negativos para ela. Fala o que pensa, sem vergonha de admitir isso, e mesmo sendo muito centrada e focada no que faz, deixa transparecer sem culpa alguma seu lado teenager e ansioso.
Algo que (não acho a palavra certa, então não a interpretem literalmente) me chocou, de certa forma, foi seu relato sobre sua ligação com as imagens. E ela fala de um modo tão sutil, que é impossível não ficar admirada:
Conheci ela por acaso, no Facebook, olhando alguns trabalhos com modelos daqui de Curitiba (ela é de SP) e logo me encantei pela delicadeza de suas imagens. Papo vai, papo vem, a cada dia que passa minha admiração por ela só aumenta. E depois da pseudo-entrevista que fiz com ela, fiquei mais encantada pela pessoa que ela é.
Antes de começar como fotógrafa, Igi trabalhou durante um bom tempo com produção fazendo styling ao lado de excelentes profissionais da área, o que fez com que desenvolve um olhar diferenciado para aquilo que chamamos de moda e editorial. A partir dai, sua paixão latente por fotografia se tornou uma paixão por imagem, e aos poucos sentiu a necessidade de também expressar o seu olhar, foi quando, aos 17 anos comprou sua primeira câmera reflex pro e saiu catando modelos nas agências para os chamados "free tests".
Styling
Em seu primeiro trabalho solo, Ayedun (sempre ansiosa), catou a modelo, pegou um táxi e foram em direção à praia. Segundo ela própria, foi quando se sentiu viva e enxergou que precisava fazer aquilo e se expressar de fato. Após vários e vários testes, a fotografia se firmou como uma verdadeira paixão na vida dessa garota. E paralelamente, continuava com a produção de moda.
Pouco tempo depois entrou para um curso de moda na faculdade Santa Marcelina, e como em diversos casos, sentiu que o curso não a satisfazia 100%. É o que eu digo, que faço jornalismo, tenho muito claro que boa parte do que aprendi lá me é de grande valia para o que faço hoje, e me abriu muitas portas, mas há certas áreas pelas quais adentrei que sei que não irei encontrar dentro da faculdade. Certas coisas só se aprendem no dia a dia, observando e ajudando quem já está na área há um bom tempo.
Igi conta que, ao perceber que não precisaria de um curso de design para se tornar uma grande stylist, optou por largar o curso e se manter numa fase mais experimental, foi quando uniu fotografia e styling e viu surgir dali uma espécie de arte. Mesmo dominando muito bem as lentes, Ayedun confessa que tem pouca ou nenhuma base técnica. ISO? Nem muda isso na hora de fotografar, no máximo abertura e velocidade, e olha lá. E provavelmente seja por isso que seu trabalho seja tão espontâneo e verdadeiro. Mas pouca técnica não significa que não tenha estudado. Sua sede por imagem foi tanta que começou a lert udo o que podia em se tratando de teorias imagéticas.
Ensaios
A garota prodígio, depois de um tempo, trabalhou em algumas revistas e até deu pinta de jornalista, escrevendo sobre moda e estilo para o site da L'officiel, além de escrever uma coluna social para a parte impressa. Mas antes dessa nova empreitada, deu um tempo e se dedicou ao seu autodidatismo mais uma vez. Passado um tempo se voltou para o styling novamente, mas teve que dar uma pausa. Neste ano participará da Casa de Criadores ao lado de seu colega de faculdade, Marcelo Salgado, com a marca SUMEMO.
E por ter uma atração tão forte pelo universo das imagens, até se arrisca, como ela mesmo diz, com uns rabiscos por aí. Para ela, o universo da arte e das imagens (em todas as suas dimensões) é algo que sempre a atraiu e que de alguma maneira, acredita que esses dois mundos estão completamente ligados. Por isso, quando alguém pergunta pra ela o que ela é e se considera de verdade, Igi se diz uma "imagista". Termo, diz ela, que ela descobriu através da palavra Imagismo, e que reúne tudo o que ela se vê fazendo no futuro, trabalhando sempre com imagens, independente do formato, seja fotografia, styling, estilismo, ilustração ou video.
Falando em video, quando comecei a fuçar o trabalho da Igi, me deparei com alguns videos publicados no Vimeo. É tudo muito lindo, desde os Polaroid Videos até o projeto chamado Blank Generation Project, que nada mais é que o nada com seu valor estético à flor da pele. A inspiração, segunda ela, surgiu da música Blank Generation, da banda Richard Hell and The Voodios (punk setentista). Com uma letra que fala de se sentir no meio de uma geração vazia, da qual não consegue se livrar, a fotógrafa (ou melhor, imagista), alega que se identificou muito com isso, principalmente pela sua fase atual. Foi ai que surgiram os videos, onde, "o processo criativo está em não ter um processo criativo". Confira:
Algo que (não acho a palavra certa, então não a interpretem literalmente) me chocou, de certa forma, foi seu relato sobre sua ligação com as imagens. E ela fala de um modo tão sutil, que é impossível não ficar admirada:
"Meu lance com imagem sempre foi muito forte. Mesmo que instintivamente. Eu nasci com câncer nos olhos, uma doença chamada retinoblastoma, e perdi um olho. Tenho apenas 50% do ângulo de visão. Mas minha mãe sempre me dizia que eu perdi um órgão, mas não a função dele. No caso, o olhar. E sempre fui muito apaixonada por tudo que eu via, por tudo que era bonito, ou até mesmo feio. Mas ver, realmente, é essencial para mim, ironia do destino talvez".
Conheci ela por acaso, no Facebook, olhando alguns trabalhos com modelos daqui de Curitiba (ela é de SP) e logo me encantei pela delicadeza de suas imagens. Papo vai, papo vem, a cada dia que passa minha admiração por ela só aumenta. E depois da pseudo-entrevista que fiz com ela, fiquei mais encantada pela pessoa que ela é.
Antes de começar como fotógrafa, Igi trabalhou durante um bom tempo com produção fazendo styling ao lado de excelentes profissionais da área, o que fez com que desenvolve um olhar diferenciado para aquilo que chamamos de moda e editorial. A partir dai, sua paixão latente por fotografia se tornou uma paixão por imagem, e aos poucos sentiu a necessidade de também expressar o seu olhar, foi quando, aos 17 anos comprou sua primeira câmera reflex pro e saiu catando modelos nas agências para os chamados "free tests".
Styling
Em seu primeiro trabalho solo, Ayedun (sempre ansiosa), catou a modelo, pegou um táxi e foram em direção à praia. Segundo ela própria, foi quando se sentiu viva e enxergou que precisava fazer aquilo e se expressar de fato. Após vários e vários testes, a fotografia se firmou como uma verdadeira paixão na vida dessa garota. E paralelamente, continuava com a produção de moda.
Pouco tempo depois entrou para um curso de moda na faculdade Santa Marcelina, e como em diversos casos, sentiu que o curso não a satisfazia 100%. É o que eu digo, que faço jornalismo, tenho muito claro que boa parte do que aprendi lá me é de grande valia para o que faço hoje, e me abriu muitas portas, mas há certas áreas pelas quais adentrei que sei que não irei encontrar dentro da faculdade. Certas coisas só se aprendem no dia a dia, observando e ajudando quem já está na área há um bom tempo.
Igi conta que, ao perceber que não precisaria de um curso de design para se tornar uma grande stylist, optou por largar o curso e se manter numa fase mais experimental, foi quando uniu fotografia e styling e viu surgir dali uma espécie de arte. Mesmo dominando muito bem as lentes, Ayedun confessa que tem pouca ou nenhuma base técnica. ISO? Nem muda isso na hora de fotografar, no máximo abertura e velocidade, e olha lá. E provavelmente seja por isso que seu trabalho seja tão espontâneo e verdadeiro. Mas pouca técnica não significa que não tenha estudado. Sua sede por imagem foi tanta que começou a lert udo o que podia em se tratando de teorias imagéticas.
Ensaios
Por causa de seus trabalhos com produção e contatos do meio, Igi conta que sempre conseguia entrar nos backstages das semanas de moda de São Paulo (leia SPFW e Casa de Criadores). A cada dia uma nova experiência e relação de amor coma imagem. Sempre uma novidade. E como ela mesma diz, a partir dai surgiu um casamento: "Sabe quando você trabalha o dia todo, e sempre volta para a casa e encontra seu amorzinho te esperando? Então, a fotografia é esse meu amorzinho e as imagens são nossos filhos". E tudo isso com suas atividades paralelas ao mesmo tempo.
Backstage
A garota prodígio, depois de um tempo, trabalhou em algumas revistas e até deu pinta de jornalista, escrevendo sobre moda e estilo para o site da L'officiel, além de escrever uma coluna social para a parte impressa. Mas antes dessa nova empreitada, deu um tempo e se dedicou ao seu autodidatismo mais uma vez. Passado um tempo se voltou para o styling novamente, mas teve que dar uma pausa. Neste ano participará da Casa de Criadores ao lado de seu colega de faculdade, Marcelo Salgado, com a marca SUMEMO.
Croquis (SUMEMO)
E por ter uma atração tão forte pelo universo das imagens, até se arrisca, como ela mesmo diz, com uns rabiscos por aí. Para ela, o universo da arte e das imagens (em todas as suas dimensões) é algo que sempre a atraiu e que de alguma maneira, acredita que esses dois mundos estão completamente ligados. Por isso, quando alguém pergunta pra ela o que ela é e se considera de verdade, Igi se diz uma "imagista". Termo, diz ela, que ela descobriu através da palavra Imagismo, e que reúne tudo o que ela se vê fazendo no futuro, trabalhando sempre com imagens, independente do formato, seja fotografia, styling, estilismo, ilustração ou video.
Ilustrações
Falando em video, quando comecei a fuçar o trabalho da Igi, me deparei com alguns videos publicados no Vimeo. É tudo muito lindo, desde os Polaroid Videos até o projeto chamado Blank Generation Project, que nada mais é que o nada com seu valor estético à flor da pele. A inspiração, segunda ela, surgiu da música Blank Generation, da banda Richard Hell and The Voodios (punk setentista). Com uma letra que fala de se sentir no meio de uma geração vazia, da qual não consegue se livrar, a fotógrafa (ou melhor, imagista), alega que se identificou muito com isso, principalmente pela sua fase atual. Foi ai que surgiram os videos, onde, "o processo criativo está em não ter um processo criativo". Confira:
Blank Generation Project
Manu Tessari©BLANK GENERATION PROJECT from Igi Ayedun on Vimeo.
Um comentário:
Bah massa tb nao conhecia ela. Show de bola!
Ela já esta mandando bem, nao esta mais no anonimato :D
Bjss
http://www.estilodistinto.com/
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