6.25.2007

Questão de Opinião

Jum Nakao, estilista que teve repercussão em todo o mundo pelo desfile que fez em 2004, no São Paulo Fashion Week, onde 15 peças confeccionadas em papel vegetal foram rasgadas em pleno desfile, retomou seu trabalho em 2007, no museu Oscar Niemeyer, apresentando fotografias e réplicas dos vestidos expostos em 2004. Aproveitou a deixa do museu paranaense para criticar e tentar revolucionar (mais do que já revolucionara) na tentativa de questionar arte/moda/consumo. Metaforizou pensamentos desconexos e tentou reduzir em uma única exposição o que seria necessário horas (ou páginas) de argumentos para pôr em ordem o raciocínio e mostrar ao público a respeito do assunto.
Utilizou-se de metáforas-clichês com ratos, gôndolas, maquetes, réplicas, miniaturas, projeções, para dizer sabe lá o quê. É claro que nem toda exposição de arte tem o objetivo de dizer algo. Há de se convir que quando a intenção é falar, mostrar seu ponto de vista, as coisas (no caso as obras de arte) têm de ser conexas e conversar entre si. Fazer um paralelo entre o tema abordado, as obras e o raciocínio do expectador.
O trabalho de 2004, foi maravilhosamente bem executado e a maneira de trabalhar, retratar e apresentar suas criações, bem organizada.Jum Nakao obteve uma resposta suficientemente justa pelo público maravilhado, ganhou reconhecimento mundial, deixou um marco na história da moda, isto é, já era hora de idealizar outro tema. Deixar por concluído as roupas de papel e partir para outro projeto.
Restaram ao visitante expectativas frustradas quanto á exposição REVOLVER. Quem pensou que ia ver outro show como o de 2004, voltou para casa, cheio de perguntas e indagações.



por Lais.

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