6.09.2010

Entrevista: Fábio Lins + Promo

Quando era pequeno queria ser um CAVALEIRO DO ZODÍACO (foto) e hoje em dia tira sarro em cena. Já teve vários apelidos, cedidos por um tio, mas é conhecido como Fabinho (para os íntimos). Fábio Lins é ator, humorista, diretor e roteirista. Nascido em Brasília e vivendo em Curitiba desde os onze, começou atuando cedo - com 13 anos - em um longa-metragem, participou do programa “Disney Club” do SBT e agora faz humor no show “Atira Sarro”. Como vocês já sabem, sorteamos três pares de convite para um dos shows dele no Regina Vogue semana retrasada (se não me falha a memória). E amanhã tem mais, então nada mais justo do que não repetir a dose, mas antes confira a entrevista que o Rêve fez com o Fábio:

RDM _ Quando descobriu que levava jeito para fazer teatro?

FL_ Bem, até hoje eu não descobri se eu levo jeito, eu to fazendo. Rs. Mas desde criança eu já queria fazer algo relacionado a isso. Quando eu mudei pra cá, na quarta série escrevi uma peça pra escola e em Brasília eu já fazia parte do teatro da Igreja, algo assim.

RDM_ Já aconteceu algo inusitado numa apresentação sua?

FL_ Então, eu fiquei sabendo que o Michael Jackson morreu no meio de uma apresentação de stand up. Eu fiz uma piada sobre o Michael numa apresentação, onde eu digo: “O Michael Jackson é a única pessoa que realmente possui um passado negro!” RS Fiz a piada, que geralmente funciona, mas dessa vez não funcionou. Ninguém riu. Daí um cara disse assim: “Nossa, ele morreu.” Ou seja, como que você faz uma piada no dia que o cara morre, né! Eu parei o show e perguntei – Como assim? Fiquei desconcertado.


RDM_ Dos trabalhos que encenou, qual foi o mais gratificante?

O filme que fiz quando eu tinha 13 anos, acho que foi o mais gratificante, até por ser o primeiro. E com humor, para mim é o Hugo – um personagem que eu faço no começo do show -, sem dúvida é o mais gratificante.

RDM_ E da onde surgiu o personagem Hugo?

FL_ Foi meio que do nada, na verdade. Eu estava estudando lá na escola do Ator Cômico, e estávamos produzindo uma peça. Eu tive uma idéia com o texto e comecei a fazer, até que começou a dar certo. Decidi então fazer um nordestino, e no meio da apresentação tem um texto falando sobre os bairros de Curitiba. É que quando me mudei para cá eu fiquei impressionado com o nome dos bairros daqui, em Brasília não tem bairro. Lá é assim: Asa, quadra 10, bloco verde. É uma coisa meio presídio, aqui não, aqui é Água verde, Bigorrilho, eu achava meio bizarro. Então eu montei um texto com todos esses nomes e ficou muito engraçado.


RDM_ Você pretende criar mais um personagem, dar uma continuidade a esse trabalho?

FL_ Na realidade não, eu estou mais focado agora em roteiro, estou escrevendo bastante. Por enquanto a idéia é fazer um curta e também escrever um seriado cômico, de repente para alguma emissora de TV.

RDM_ Já pode falar sobre o que vai se tratar o curta?

FL_ É um curta sobre um estagiário de um escritório de arquitetura e ele é muito pressionado, assim como todo mundo do escritório. Mas chega um dia que ele entra em surto e o mouse dele começa a comandar as coisas, o escritório passa a ser a tela de um computador, então ele pode brincar com isso, mexer com as pessoas e reverter à situação para ser favorável para ele.

RDM_ Fez alguma faculdade de teatro, de cinema, ou algo nesse sentido. Ou você começou na loucura mesmo?

FL_ Então, eu sempre fiz cursos, oficinas de teatro. Participar de companhia de teatro, então assim, eu digo que minha faculdade foi ter participado de uma companhia de teatro, porque durante 4 anos eu ia pra companhia e ficava lá todo dia ensaiando, estudando e acho que esse esforço foi proporcional. Talvez eu tenha aprendido mais ainda, na minha visão a faculdade te amarra. RDM_ E como foi ganhar dois prêmios da RPC, você já esperava?

FL_ Sinceramente eu nem dava valor para esse prêmio, por isso nem esperava. Até que fiquei surpreso, pois não iria ao dia da premiação. Mas quando eu cheguei lá, eu vi que na verdade se a gente não der valor, nós nunca teremos valor.

RDM_ E como você consegue organizar todos esses projetos com sua vida pessoal, pois são muitos projetos, não?

FL_ Nunca para, na verdade. Voltando a história da faculdade, eu não tive esse lance de ter um horário. Tudo é muito misturado, então a todo o momento eu estou fazendo as coisas. Já acordei várias vezes de madrugada com idéias legais e tive que anotar tudo. Tem outra coisa também, uma pessoa um dia me perguntou qual era o meu objetivo. Pois é, eu não tenho objetivo, até porque eles são muitos próximos. Eu vou de degrau, em degrau.

RDM_ Tem algum ritual antes dos shows?

FL_ É basicamente respiração, meu ritual é físico, é mexer o corpo e me concentrar pra entrar em cena. Até porque eu tenho medo de errar, então isso ajuda.


Então agora vamos para o sorteiooooo. São 3 pares de convite para o Stand up Comedy – Atira Sarro, no teatro Regina Vogue, para participar basta seguir as seguintes fases.

Primeiro passo: Seguir o @revedemode no twitter

Segundo passo: Dar RT na frase: Eu quero Atira Sarro com o Fábio Lins no Teatro Regina Vogue, leva eu @revedemode http://migre.me/Nerm


Valendo_ até as 16:00 pm do dia 10.06
Fotos: Karla Gironda
++++confira mais fotos no nosso TUMBLR
sorteio realizado!
e os ganhadores foram: Rodrigo Palma, Eliza Matta e Luiz Claudio

3 comentários:

@hafafred disse...

o Atira Sarro é muito bom, recomendo! @hafafred

Gregori Zanoni disse...

@gregorizanoni

Atira Sarro, um dos melhores stand Up que já assiti, Hugo Camelo é o melhor...heheheh... desta vez eu levo um cartaz de Cartolina tambem...

Rodrigo Palma disse...

ötima entrevista, ótimo Stand Up! realmente eu estava precisando de algo para rir...