É Plágio!

Podem-se ter mínimos detalhes diferentes, mas se comparadas lado a lado chegaremos à conclusão de que são ambas a mesma roupa. Do que estou falando? Dos plágios no mundo da moda, é claro! (prática muito freqüente e sempre vista nas passarelas do Brasil).
Há dias atrás, o diretor da Revista “Vanity Fair”, Michael Roberts, declarou que a cópia no Brasil não é novidade. Antes disso a revista Piauí instalou a polêmica publicando uma matéria com fotos de designers brasileiros plagiando designers internacionais. Desde então, é comentado e discutido esse assunto que denigre a imagem da moda brasileira. Então surge a pergunta: Só porque é tendência tem de ser cópia?
Um amigo me disse, e eu concordo plenamente, que “tendência não é regra”. Cadê a originalidade, que é pelo meu ver, o que realmente importa nesse mundinho?
Não é só a cópia de designers internacionais que me deixa perplexa, mas também a auto-cópia como vi em algumas coleções. Isso lembra o que Pablo Picasso disse: "Copiar-se a si mesmo é mais perigoso que copiar os outros. Leva à esterilidade".
Ainda preferindo ser colonizada e defendendo o debate consistente dessa prática que algumas pessoas dizem ser “normal”, prossigo dizendo que leva-se a crer numa falta de ética profissional, um certo decoro esquecido e que no código penal Brasileiro, o artigo 184 diz que a violação do Direito Autoral é crime, e mesmo se essas peças não são registradas deve-se o mínimo respeito aos profissionais que as criaram.
Mas o que leva esses profissionais a copiarem? Falta inspiração? Vontade? É difícil criar, eu sei, mas não cai bem esse tipo de prática. A cópia já faz parte da nossa cultura, o que é uma vergonha para quem almeja um Brasil que exerce influência na moda futura, mas se pelo menos soubessem imitar com criatividade...
Talvez enxerguem mais além uma luz no fim do túnel, algo que diga que não precisamos excluir do nosso horizonte essas expressões antepassadas, mas nos apropriarmos delas e reaproveitarmos em outros estilos de fazer se entender.


Por jaQ.