A competição entre as grifes e os pólos têxteis tem demandado um novo perfil de profissional do segmento de moda. Com mais de 100 diferentes categorias, de acordo com consultores, o setor vem criando novas especializações. Coordenadores de camarim, publicitários de moda, além de estilistas de passarela e de atacado são algumas das necessidades exigidas pelo mercado, cada vez mais atendidas, na medida que surgem mais cursos superiores e de pós-graduação.
Eloysa Simão, idealizadora e coordenadora do Fashion Rio — evento de moda que este ano acontece entre os dia 3 e 8 de junho, na Marina da Glória — revela que as grifes e os pólos têm buscado cada vez mais uma gestão profissional. O objetivo, continua ela, é criar roupas e acessórios com maior valor agregado, já que a competição chinesa — calcada nos baixos preços — vêm causando prejuízos consecutivos ao longo dos últimos anos:
— A competição está muito grande. Se antes os profissionais acabavam fazendo de tudo, hoje a especialização é fundamental. Por isso, sugiram novas atividades. Atualmente, há estilistas que criam peças só para os desfiles e outros que desenvolvem modelos exclusivos para o atacado. O marketing da moda fez surgir profissionais dedicados a descobrir produtos que combinem com a grife, como refrigerantes, livros e outros bens de consumo.
Pólos precisam estar preparados para atender à demanda das grifes
A cadeia produtiva do setor emprega 92 mil pessoas no Rio. No Brasil, são 1,5 milhão de empregos, dos quais 17,2% estão na indústria de transformação, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Para Cristiane Alves, gerente do Senai Moda, as novas profissões têm favorecido os resultados do setor no país. O índice de valor agregado, que relaciona o peso da peça com o valor comercializado, quase dobrou nos últimos cinco anos. No Rio, cada quilo de roupa passou de R$60,60 para R$119,40 entre 2001 e 2006. A média nacional subiu de R$23,92 para R$44,26 no mesmo período.
— Participar de eventos de moda é fundamental para promover os diferentes produtos e estar em contato com os compradores. Não adianta a empresa ser eficiente se o produto não combinar com o mercado. Para costureiras, os cursos já têm divisões como básica e industrial, além de aulas exclusivas de estamparia — ressalta Cristiane.
É o que faz a diretora do pólo de moda de Niterói, Erika Facuri. Para ela, participar de feiras como o Fashion Business — a bolsa de negócios do Fashion Rio, que acontece entre os dias 4 e 7 de junho — e fazer cursos de especialização são iniciativas essenciais para driblar a carência de profissionais em diversas etapas da produção.
— Como as exigências do mercado têm aumentado, é necessário buscar gente qualificada. Achar bons especialistas em tecidos ou em lavagens de jeans, por exemplo, é difícil. E, como as principais grifes terceirizam sua produção, fazendo parcerias com os pólos, precisamos estar preparados para atender a essa demanda — diz Erika.
Claudio Tangaris, presidente do pólo de moda de Friburgo, um dos maiores do Estado do Rio, com cerca de dez mil empregos formais, ressalta que hoje as mais de 500 empresas que fazem parte do grupo produzem dez mil modelos diferentes de peças íntimas todo mês. Tangaris explica que é a qualificação que traz oportunidade de crescimento aos profissionais empregados:
— Deve-se segmentar os diferentes tipo de profissional. Por isso, fizemos parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para oferecer variados cursos. Queremos enfrentar a concorrência.
A demanda é tanta que, só no primeiro semestre deste ano, pelo menos seis novos cursos, entre graduações, programas de extensões e cursos livres, passaram a ser oferecidos por instituições de ensino no Rio, como Veiga de Almeida, Estácio de Sá e Senai. No mês que vem, Simone Terra, consultora do Senac Rio, apresenta o seminário "O varejo da moda - construindo o ambiente do ponto de venda". Ela explica que o evento vai abordar conceituação e planejamento estratégico, impulso, decisão de compra e importância dos acessórios.
— O curso é voltado para todos os profissionais que querem trabalhar com gestão de marketing de moda. O objetivo é nivelar as pessoas para um posicionamento adequado no universo da moda — diz Simone.
Estudantes saem da faculdade direto para as passarelas
Das faculdades, os estudantes têm saído direto para as passarelas dos desfiles. É o que atesta Celina de Farias, diretora da Escola de Estilo do Instituto Zuzu Angel/Universidade Veiga de Almeida. Segundo ela, estilistas como Luiza Bonadiman, Kylza Ribas e Marciana, por exemplo, testaram no Fashion Rio o que aprenderam na faculdade:
— Quando abrimos a graduação em moda, há 11 anos, tínhamos 20 alunos. Era muito difícil encaixá-los no mercado de trabalho, pois o setor era amador. Hoje, o curso tem 700 alunos, e colocamos entre 70% e 80% deles no mercado. Daqui, já saíram nomes como Maria Fernanda Lucena e Felipe Eiras.
via Zap.
por jaQ.
Um comentário:
Meu nome é Cristiano Ferdinando e gosto de tudo q envolve moda tenho 17 anos e já Perse bi que tenho muito talento, para ser um estilista, mas não sei por onde começar, me ajude, me informe por onde começo, por favor é meu grande sonho ser um estilista, já que o mercado precisa tanto eu estou a disposição...muito obrigado... meu e-mail é : diegopiovanni@hotmail.com
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